O noticiário local e nacional não cessa de dizer que estamos inseridos em um mundo violento. A sociedade, os órgãos governamentais e todas as instituições estão desafiados a incomodar-se com os números preocupantes que compõem as estatísticas sobre as vítimas da violência. Em nossa cidade, o número de homicídios cresce cada vez mais, sem falar na violência “escondida”.
O desafio é enorme, porque as causas da violência é uma rede complexa de questões com desdobramentos variados. Por isso mesmo, não se pode aquietar o coração cidadão e institucional apaziguadora que compara o ano atual com o anterior quando há registro de queda na violência com vítimas. Na verdade, os números revelam a calamidade de um tempo de guerra, na qual o tratamento das questões se caracteriza por urgências próprias. É lamentável constatar que a juventude representa mais de 60% das vítimas fatais no cenário da violência. O que será da sociedade brasileira se essa dizimação da juventude continuar sem estancar-se? O futuro precisa ser preparado agora. A lógica de um mundo centrado em relações fugazes permite certa desesperança no quadro das perspectivas a serem tomadas.
A raiz da realidade da violência que vai dizimando a população e desfigurando o rosto da sociedade, está na propalada crise global, onde o mercado é o centro de tudo, e as pessoas ficam em segundo plano. Não há, no mercado espaço para a solidariedade e fraternidade. Enquanto o mercado continuar a ser instância de solução de todos os problemas, carente de moral e de princípios crescerá a violência, levando os governantes a uma inércia total.
É preciso emergir uma nova consciência! Vidas estão sendo perdidas, por que falta maior responsabilidade de todos na geração de uma nova cultura. O tesouro maior agora é o diálogo, a aceitação, e da prática permanente da cooperação.
A vida deve ser a maior preocupação de uma pessoa, afinal é por meio dela que vamos fazer e construir nossa felicidade e projetos. Como dizia Érico Veríssimo: “Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está se passando inutilmente”. Assim, nessa proposta a vida não é perdida, e sim vivida com plenitude.
Natanael Oliveira Diniz
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