“O MOVIMENTO DOS ÁGUAS”
De todas as leituras e Evangelhos meditados nessa Quaresma, quero destacar do Evangelho de João, capítulo 5, versículos de 1 a 16: “A cura de um paralítico”. Ora, existe em Jerusalém, perto da porta das ovelhas, uma piscina onde ficavam muitos doentes ali deitados; eram coxos, cegos e paralíticos, à espera de que um anjo do Senhor viesse movimentar as águas. E o primeiro doente que conseguisse entrar na piscina, depois do borbulhar da água, ficava curado de qualquer doença que tivesse.
Jesus, estando ali, observou com ternura um paralítico que não conseguia entrar na piscina e perguntou-lhe: “Queres ficar curado”? Mas ele explicou a Jesus que sempre tinha alguém mais esperto que ele, que conseguia entrar na piscina primeiro que ele. Jesus lhe disse então: “Levanta-te, pegue a tua maca e anda”! No mesmo instante aquele homem ficou curado, pegou sua maca e começou a andar.
Mais tarde, Jesus encontrou o mesmo homem no templo e lhe disse: “Eis que estás curado. Não voltes a pecar, para que não te aconteça coisa pior”.
Vejam só: nesta Quaresma, todos nós temos aproveitado da bondade de “um anjo do Senhor que em todos os dias tem movimentado as águas para nós.
Foram os “mutirões” de Confissão, ora aqui, ora acolá, ora lá numa cidade vizinha... águas prontas a nos curar, a nos lavar e purificar para uma nova Páscoa.
Foram os textos bíblicos, próprios deste tempo, a nos iluminar as ideias, os passos, a refazer nosso caminho...
Foram também os exercícios da “raspadinha” da Jornada Quaresmal, que nos levaram por todos os caminhos de nossa fé, tal como água cristalina, em movimentos e borbulhar diários nos permitindo “amar melhor” a Deus, a nossa família, comunidade, paróquia, Igreja e o mundo.
Realmente, não nos faltou oportunidade nesta Quaresma de levantarmos, pegarmos em nossa maca e andarmos.
O Senhor esteve e estará conosco todos os dias. Se fizermos o silêncio necessário, poderemos até ouvi-lo dizer: “Eis que estás curado. Não voltes a pecar, para que não te aconteça coisa pior”.
Obrigado, Senhor! Como eu te amo!...
Um abraço amigo,
Maria José da Silva Alfredo
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