Nasce esse material no intento de auxiliar os animadores vocacionais, em sua formação e na formação de novos animadores Vocacionais, compromissado e apoiado por sua Igreja particular, propiciando, assim, formação e conscientização de todos os que participam da vida da comunidade. Tendo como objetivo fundamental a tomada de consciência por todos os cristãos de sua vocação.
O processo vocacional na história daquele que é chamado passa pela a realidade de vida da juventude de hoje, onde “tudo é permitido”. Pois numa situação em que a sociedade não impõe limites e nem mesmo a família está capacitada para educar os filhos para os limites. Um dos elementos que influi no processo vocacional é a história pessoal, que pode ter sido marcada por acontecimentos negativos diversos, que se constituíram em problemas de crescimento na vida cristã e vocacional. Outros elementos que levam os jovens a desintegração da juventude são os sofrimentos, rejeições, menosprezos, castigos injustos ou humilhações na família, na escola ou nos grupos que participaram entre outros. Dentre os problemas que surgem na história vocacional estão os de origem religiosa onde se pode observar que a juventude atual perdeu ou está perdendo o sentido do mistério. Essa juventude é chamada de “New generation”, geração do aqui e agora, do curtir a vida, pois ela é breve e não são capazes de entenderem o mistério do próprio eu. Outro problema é o de origem psicossexual que pode surgir quando a criança presencia relações sexuais dos pais ou outros, quando usada sexualmente e na prática da masturbação.
A família é a célula mãe no processo vocacional, uma vez que a mesma é a Igreja doméstica, porém apresentam problemas como avós fazendo o papel de pais, pais representando os dois papéis, pluralidade religiosa e a ausência dos pais devido ao trabalho e ou estudo. A mudança histórico-cultural tem causado impacto na imagem tradicional da família. Cada vez são mais numerosas as uniões consensuais livres, os divórcios e os abortos. A novidade é que estes problemas familiares se tornaram um problema de ordem ético-Política, e uma mentalidade "laicizante" e os meios de comunicação social têm contribuído para isto. Esses temas desestruturadores da família e da sociedade condicionam e dificultam a resposta vocacional do jovem: Rejeição de vida ou de amor por parte dos pais ou de um deles.
Estes e outros problemas podem gerar barreiras no espírito, resistências, desequilíbrios emocionais, complexo, traumas e dramas, tornando mais difícil a ação da graça e do trabalho dos formadores a ser realizado com o jovem.
Os jovens de hoje, com a forca e a pujança típica da idade, são portadores dos ideais que fazem caminho na história; a sede da liberdade, o reconhecimento do valor incomensurável da pessoa, a necessidade de autenticidade e de transparência, um novo conceito e estilo de reciprocidade nas relações entre homem e mulher, a procura sincera e apaixonada de um mundo mais justo, solidário e unido, a abertura e o diálogo com todos, o empenho a favor da paz. (PDV 9,3).
Pe. Paulo Batista Borges
Responsável pela dimensão Litúrgica e Espiritual
Professor de Teologia Sistemática
Seminário Maior Arquidiocesano de Brasília Nossa Senhora de Fátima
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