Aceitar as diferenças no mundo de hoje, é desafiante. A vida em família parece não ter muito sentido. Está mudada. Os relacionamentos humanos não são muito valorizados: tornaram-se materialistas, interesseiros, individualistas e hedonistas... Valorizo o outro (o diferente) enquanto me satisfaz, me dá prazer, concorda com o que penso e falo. Em sua família, qual é o espaço que você dá para aquele (a) que faz parte da sua vida cotidiana? Se somos seres criados à imagem e semelhança de Deus, como estão sendo vividas as nossas diferenças?
Cada ser possui um mistério de vida que não pode ser desvelado pelo outro. O esposo não pode revelar-se totalmente à esposa e vice-versa (isso vale também para relação pais/filhos). Não tem como nos expor totalmente aos outros. Por isso necessitamos tornar-nos mais sensíveis ao diferente, aceitando-o como é, vivendo a acolhida ao que une os diversos membros de uma família: o amor. Quem ama aceita as diferenças, só se ama aceitando-as; esta é a possibilidade de um relacionamento humano sadio, alegre, sincero e respeitoso.
Todos somos diferentes. Aceitar isso supõe diálogo franco e abertura para o novo. O trabalho exagerado e desgastante, a tensão, as incertezas de um futuro estabilizado sufocam o aprendizado de aceitar as diferenças. “Saber viver” foi substituído por “ preciso sobreviver” e isso a todo custo.
Superemos a lei da sobrevivência, a lei do mais forte; abramo-nos mais ao outro, através de um contato mais humano e feliz. Só assim, poderemos criar uma cultura que valorize as diferenças, e que façam delas uma grande parceira para o nosso crescimento pessoal e social.
Natanael Diniz Oliveira
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